NOTAS DE CAPA




CONTRA CAPA

Todo ser carrega as sementes de uma vida plena que precisam ser cultivadas no jardim da vida. O cultivo adequado da boa semente fará brotar a valiosa plantação que servirá de alimento para a nossa alma. Nutrida, ela se exercerá favorecendo todo o processo de transformação que a humanidade necessita. Por outro lado, uma alma faminta se perde no sombrio labirinto da fome e da miséria dos nobres sentimentos, impedindo a manifestação da rica condição de Ser Humano.
Ser Humano é muito mais do que ser gente mal nutrida emocionalmente e violentada pela expressão dos lixos vivenciais, que além de poluírem, imperam sobre a verdadeira essência do ser.
A realização do vasto potencial que cada indivíduo busca em seu âmago, caracteriza o verdadeiro Ser Humano. Ser Humano é ser simples como uma família bem resolvida, destas que guardam receitas centenárias.
Mate a fome de sua alma, com as receitas mais apreciadas por ela no Cardápio da Alma.


 "ORELHA"


    Alicerçada por uma cultura que cultua um corpo robotizado pelo consumismo desenfreado e por padrões de beleza inalcançáveis, a alma ficou soterrada sobre os escombros de um ego que quer se afirmar através da vaidade, da arrogância, da inveja, do ódio, enfim através de um falso poder que fragiliza cada vez mais o ser humano.
    O livro Cardápio da Alma vem desenterrar a essência sovertida, utilizando como instrumentos, estórias, poesias, criatividade e um menu que abarca as receitas mais apreciadas pela alma. O contato, a dedicação e os cuidados para com ela nos permite identificarmos com uma energia poderosa em constante expansão, parte integrante deste todo que caracteriza a sabedoria divina e o infinito universo que nos envolve. No entanto, cada vez mais, o ser humano perde a sua condição de ser divino e universal para se transforar num fantoche cultural que se identifica muito mais com a roupa que usa, com o carro que guia, com o dinheiro que gasta, enfim com todos os bens materiais que quando mal administrados se transformam, sem a sua consciência, no maior mal que o aprisiona.
    Hoje, ser alguém é ter uma posição que confira status. Difícil "ser alguém" numa sociedade que nega à maioria as condições mínimas de sobrevivência. Perdemos a capacidade de enxergar o SER que nos habita e o próximo. Enxergamos apenas o que os poderes vigentes determinam e, com isso, nos tornamos seres cada vez mais solitários e desnutridos de afeto, pois ninguém nos basta numa sociedade que prega falsos e artificiais padrões de valorização pessoal.
Cada vez sabemos menos sobre nós mesmos
Cada vez sabemos menos que rumo tomar
Cada vez sabemos mais nos corromper
Cada vez sabemos menos nos respeitar e ao outro
    Apesar de tudo, a alma está lá, ou aqui... Sei lá onde. Só sei que alma está onde se encontra o autêntico e verdadeiro eu, que sabe tudo sobre si mesmo, que reconhece a sua missão, se respeita e se exerce