“TERMINEI UM LIVRO, MAS INICIO UMA NOVA HISTÓRIA RECHEADA DE ESTÓRIAS PARA CONTAR"
RECEITA FINAL
VIVER
Esta é a melhor receita, pois envolve
todas as anteriores para que possa se tornar um prato saboroso e nutritivo. Não
desejo agora falar de custos, tira gostos, ingredientes, preparo ou
sobremesas. Desejo, sem regras culinárias, sugerir o prato que a alma necessita
para se exercer. A vida dá à alma a oportunidade de expandir-se e a alma dá à
vida a oportunidade de ser criada e vivida. Desperdiçá-la é um pecado contra a
nossa própria existência e saber aproveitá-la é pura sabedoria. Sendo assim,
não desperdice nenhum ingrediente que lhe sugeri a cada receita deste livro. Se
a vida estiver ruim, é porque você não está sabendo preparar seu próprio
alimento. Não há como a vida ser, antes de ser preparada por nós mesmos.
Condicionado à matéria, o ser humano confunde vida boa com ter posses
materiais. Todavia, uma boa vida está calcada na posse que devemos ter de nós
mesmos e de todos os bons sentimentos. E sentimentos não estão à venda, não
são necessariamente propriedade apenas dos donos do capital; sentimento é a
essência presente em cada alma. Sinta o aroma dos seus. Cheiro fétido indica
ingestão de alimentos estragados, que intoxicam a alma. Tome cuidado porque eles, além de adoecê-lo, matam-no devagarzinho ou abruptamente.
Eu ainda hei de falar dos venenos que
intoxicam nossa alma, mas preferi primeiro falar do elixir para uma vida
saudável e eterna. Não torne sua vida difícil, alimentando-se da falsa e
comodista crença de já tê-la recebido pronta na bandeja. Dê-se ao trabalho de
construí-la e reconstruí-la dia após dia. Não crie um Deus responsável por tudo
aquilo que cabe a você responsabilizar-se. A sua responsabilidade é criar um mundo
melhor para si mesmo e para o próximo. Desapegue-se do antigo discurso: — Se
Deus quiser! Queira você mesmo fazer o que precisa ser feito. E o que precisa
ser feito? Você sabe. Não ignore este saber, fazendo perguntas idiotas para
passar o tempo. Viva seu tempo, construindo soluções para qualquer pergunta que
vier a fazer. Se a solução for boa ou má, a própria vida lhe dirá.
Ao final deste livro, espero que possa
saborear cada vez mais cada receita, e mais precisamente a sua própria vida.
Não tome os dissabores da vida do outro para si. O máximo que poderá fazer é
oferecer ao próximo a sua fartura e, quem sabe, aquela receita especial, bem sua,
que possa temperar ou adoçar uma vida amarga. Lembre-se também que há gosto
para tudo, até mesmo para sabores azedos e amargos. Há quem reclame do amargo,
e se delicie secretamente com o mesmo. Sendo assim, fique atento ao coitadinho
que existe fora e dentro de você. Mate o coitado de inanição e alimente o ser
ativo e consciente. A sua consciência é quem determinará a hora da próxima
refeição e o prato a ser servido.
Faça a sua parte para que possamos
construir um todo harmônico. Nesta vida, eu não fiz ainda a minha parte. Só fiz
uma pequena parte do que sinto ser ainda capaz de fazer. Desejo fazer muito
mais. Desconheço todas as regras de nossa complicada língua portuguesa.
Desconheço os padrões exigidos para se criar uma estória ou uma poesia. Aliás,
a minhas queridas filhas vivem chamando a minha atenção: — Mamãe, estória não
se escreve com “e”, escreve-se com “h”. Sabe o que respondo?
—
Sei que estas regras gramaticais foram mudadas, mas as estórias criadas pelo
meu coração serão sempre escritas com “e,” e a criada pela vida, pelo destino,
com “h”. Percebo uma diferença muito grande entre elas. Norteada por estas diferenças,
posso escrever uma estória da nossa história. Posso transformar uma dura
história numa estória recheada de fantasias.
Sei
que desconheço uma grande parte das regras gramaticais. No entanto, não usei
meu desconhecimento para fugir da responsabilidade de criar algo que acredito
ser transformador. Criei as minhas próprias regras para compor, de uma forma
simples e divertida, o sonho de ajudar a construir um mundo mais digno de ser
vivido. Elas se baseiam nos meus sentimentos e não na sintaxe. Os críticos
letrados que me perdoem. Não me sinto culpada por ter criado uma didática nova.
Não sei se é boa ou má. Só sei que é minha. Dou-me também o direito de dividir
esta responsabilidade com meus anjinhos. Eles nunca me contaram o grau de
instrução que possuem. Nem sei se falam a nossa língua. Parece que falam uma
língua universal e foram instruídos a instruir-me. Eu fui instruída a
instruir cada um de vocês. Que vocês estejam sendo instruídos a instruir cada
um de nós. Com tanta instrução, talvez possamos criar um curso destinado a
todos. Que nome daremos a ele? “Curso Vida” cai bem. Saiba que no decurso da
vida, com ou sem recurso, só receberá o diploma aquele que viver.
“E ASSIM, COMEÇA UMA NOVA HISTÓRIA RECHEADA DE
ESTÓRIAS PARA CONTAR”...
“TERMINEI UM LIVRO, MAS CONTINUO COM MINHAS AÇÕES
ESCREVENDO UMA OUTRA HISTÓRIA: A NOSSA HISTÓRIA”
RECEITA FINAL
VIVER
Esta é a melhor receita, pois envolve
todas as anteriores para que possa se tornar um prato saboroso e nutritivo. Não
desejo agora, falar de custos, tira gostos, ingredientes, preparo ou
sobremesas. Desejo sem regras culinárias sugerir o prato que a alma necessita
para se exercer. A vida dá à alma a oportunidade de expandir-se e a alma dá à
vida a oportunidade de ser criada e vivida. Desperdiçá-la é um pecado contra a
nossa própria existência e saber aproveitá-la é pura sabedoria. Sendo assim,
não desperdice nenhum ingrediente que lhe sugeri a cada receita deste livro. Se
a vida estiver ruim é porque você não está sabendo preparar seu próprio
alimento. Não há como a vida ser, antes de ser preparada por nós mesmos.
Condicionado à matéria, o ser humano confunde vida boa com ter posses
materiais. Todavia, uma boa vida está calcada na posse que devemos ter de nós
mesmos e de todos os bons sentimentos. E, sentimentos não estão à venda, não
são necessariamente propriedade apenas dos donos do capital; sentimento é a
essência presente em cada alma. Sinta o aroma dos seus. Aroma fétido indica
ingestão de alimentos estragados que intoxicam a alma. Tome cuidado porque eles
além de adoecê-lo, matam-no devagarzinho ou abruptamente.
Eu ainda hei de falar dos venenos que
intoxicam nossa alma, mas preferi primeiro falar do elixir para uma vida
saudável e eterna. Não torne sua vida difícil alimentando-se da falsa e
comodista crença de já tê-la recebido pronta na bandeja. Dê-se ao trabalho de
construí-la e reconstruí-la dia após dia. Não crie um Deus responsável por tudo
aquilo que cabe a você responsabilizar-se. A sua responsabilidade é criar um mundo
melhor para si mesmo e para o próximo. Desapegue-se do antigo discurso: — Se
Deus quiser! Queira você mesmo fazer o que precisa ser feito. E o que precisa
ser feito? Você sabe. Não ignore este saber fazendo perguntas idiotas para
passar o tempo. Viva seu tempo construindo soluções para qualquer pergunta que
vier a fazer. Se a solução for boa ou má, a própria vida lhe dirá.
Ao final deste livro, espero que possa
saborear cada vez mais cada receita, e mais precisamente a sua própria vida.
Não tome os dissabores da vida do outro para si. O máximo que poderá fazer é
oferecer ao próximo a sua fartura e quem sabe aquela receita especial, bem sua,
que possa temperar ou adoçar uma vida amarga. Lembre-se também que há gosto
para tudo, até mesmo para sabores azedos e amargos. Há quem reclame do amargo,
e se delicie secretamente com o mesmo. Sendo assim, fique atento ao coitadinho
que existe fora e dentro de você. Mate o coitado de inanição e alimente o ser
ativo e consciente. A sua consciência é quem determinará a hora da próxima
refeição e o prato a ser servido.
Faça a sua parte para que possamos
construir um todo harmônico. Nesta vida, eu não fiz ainda a minha parte. Só fiz
uma pequena parte do que sinto ser ainda capaz de fazer. Desejo fazer muito
mais. Desconheço todas as regras de nossa complicada língua portuguesa.
Desconheço os padrões exigidos para se criar uma estória ou uma poesia. Aliás,
a minhas queridas filhas vivem chamando a minha atenção: — Mamãe, estória não
se escreve com “e”, escreve-se com “h”. Sabe o que respondo?
—
Sei que estas regras gramaticais foram mudadas, mas as estórias criadas pelo
meu coração serão sempre escritas com “e” e a criada pela vida, pelo destino,
com “h”. Percebo uma diferença muito grande entre elas. Norteada por estas diferenças,
posso escrever uma estória da nossa história. Posso transformar uma dura
história numa estória recheada de fantasias.
Sei
que desconheço uma grande parte das regras gramaticais, no entanto, não usei
meu desconhecimento para fugir da responsabilidade de criar algo que acredito
ser transformador. Criei as minhas próprias regras para compor de uma forma
simples e divertida, o sonho de ajudar a construir um mundo mais digno de ser
vivido. Elas se baseiam nos meus sentimentos e não na sintaxe. Os críticos
letrados que me perdoem. Não me sinto culpada por ter criado uma didática nova.
Não sei se é boa ou má. Só sei que é minha. Dou-me também o direito de dividir
esta responsabilidade com meus anjinhos. Eles nunca me contaram o grau de
instrução que possuem. Nem sei se falam a nossa língua. Parece que falam uma
língua universal e foram apenas instruídos a instruir-me. Eu fui instruída a
instruir cada um de vocês. Que vocês estejam sendo instruídos a instruir cada
um de nós. Com tanta instrução talvez possamos criar um curso destinado a
todos. Que nome daremos a ele? “Curso Vida” cai bem. Saiba que no decurso da
vida, com ou sem recurso, só receberá o diploma aquele que viver.
“E ASSIM, COMEÇA UMA NOVA HISTÓRIA RECHEADA DE
ESTÓRIAS PARA CONTAR”...
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