sábado, 31 de maio de 2014

VIVER

TERMINEI UM LIVRO, MAS INICIO UMA NOVA HISTÓRIA RECHEADA DE ESTÓRIAS PARA CONTAR"


RECEITA FINAL


VIVER



         Esta é a melhor receita, pois envolve todas as anteriores para que possa se tornar um prato saboroso e nutritivo. Não desejo agora falar de custos, tira gostos, ingredientes, preparo ou sobremesas. Desejo, sem regras culinárias, sugerir o prato que a alma necessita para se exercer. A vida dá à alma a oportunidade de expandir-se e a alma dá à vida a oportunidade de ser criada e vivida. Desperdiçá-la é um pecado contra a nossa própria existência e saber aproveitá-la é pura sabedoria. Sendo assim, não desperdice nenhum ingrediente que lhe sugeri a cada receita deste livro. Se a vida estiver ruim, é porque você não está sabendo preparar seu próprio alimento. Não há como a vida ser, antes de ser preparada por nós mesmos. Condicionado à matéria, o ser humano confunde vida boa com ter posses materiais. Todavia, uma boa vida está calcada na posse que devemos ter de nós mesmos e de todos os bons sentimentos. E sentimentos não estão à venda, não são necessariamente propriedade apenas dos donos do capital; sentimento é a essência presente em cada alma. Sinta o aroma dos seus. Cheiro fétido indica ingestão de alimentos estragados, que intoxicam a alma. Tome cuidado porque eles, além de adoecê-lo, matam-no devagarzinho ou abruptamente.
         Eu ainda hei de falar dos venenos que intoxicam nossa alma, mas preferi primeiro falar do elixir para uma vida saudável e eterna. Não torne sua vida difícil, alimentando-se da falsa e comodista crença de já tê-la recebido pronta na bandeja. Dê-se ao trabalho de construí-la e reconstruí-la dia após dia. Não crie um Deus responsável por tudo aquilo que cabe a você responsabilizar-se. A sua responsabilidade é criar um mundo melhor para si mesmo e para o próximo. Desapegue-se do antigo discurso: — Se Deus quiser! Queira você mesmo fazer o que precisa ser feito. E o que precisa ser feito? Você sabe. Não ignore este saber, fazendo perguntas idiotas para passar o tempo. Viva seu tempo, construindo soluções para qualquer pergunta que vier a fazer. Se a solução for boa ou má, a própria vida lhe dirá.
         Ao final deste livro, espero que possa saborear cada vez mais cada receita, e mais precisamente a sua própria vida. Não tome os dissabores da vida do outro para si. O máximo que poderá fazer é oferecer ao próximo a sua fartura e, quem sabe, aquela receita especial, bem sua, que possa temperar ou adoçar uma vida amarga. Lembre-se também que há gosto para tudo, até mesmo para sabores azedos e amargos. Há quem reclame do amargo, e se delicie secretamente com o mesmo. Sendo assim, fique atento ao coitadinho que existe fora e dentro de você. Mate o coitado de inanição e alimente o ser ativo e consciente. A sua consciência é quem determinará a hora da próxima refeição e o prato a ser servido.
         Faça a sua parte para que possamos construir um todo harmônico. Nesta vida, eu não fiz ainda a minha parte. Só fiz uma pequena parte do que sinto ser ainda capaz de fazer. Desejo fazer muito mais. Desconheço todas as regras de nossa complicada língua portuguesa. Desconheço os padrões exigidos para se criar uma estória ou uma poesia. Aliás, a minhas queridas filhas vivem chamando a minha atenção: — Mamãe, estória não se escreve com “e”, escreve-se com “h”. Sabe o que respondo?
— Sei que estas regras gramaticais foram mudadas, mas as estórias criadas pelo meu coração serão sempre escritas com “e,” e a criada pela vida, pelo destino, com “h”. Percebo uma diferença muito grande entre elas. Norteada por estas diferenças, posso escrever uma estória da nossa história. Posso transformar uma dura história numa estória recheada de fantasias.
         Sei que desconheço uma grande parte das regras gramaticais. No entanto, não usei meu desconhecimento para fugir da responsabilidade de criar algo que acredito ser transformador. Criei as minhas próprias regras para compor, de uma forma simples e divertida, o sonho de ajudar a construir um mundo mais digno de ser vivido. Elas se baseiam nos meus sentimentos e não na sintaxe. Os críticos letrados que me perdoem. Não me sinto culpada por ter criado uma didática nova. Não sei se é boa ou má. Só sei que é minha. Dou-me também o direito de dividir esta responsabilidade com meus anjinhos. Eles nunca me contaram o grau de instrução que possuem. Nem sei se falam a nossa língua. Parece que falam uma língua universal e foram  instruídos a instruir-me. Eu fui instruída a instruir cada um de vocês. Que vocês estejam sendo instruídos a instruir cada um de nós. Com tanta instrução, talvez possamos criar um curso destinado a todos. Que nome daremos a ele? “Curso Vida” cai bem. Saiba que no decurso da vida, com ou sem recurso, só receberá o diploma aquele que viver.



        




“E ASSIM, COMEÇA UMA NOVA HISTÓRIA RECHEADA DE ESTÓRIAS PARA CONTAR”...









 TERMINEI UM LIVRO, MAS CONTINUO COM MINHAS AÇÕES ESCREVENDO UMA OUTRA HISTÓRIA: A NOSSA HISTÓRIA”




RECEITA FINAL



VIVER



         Esta é a melhor receita, pois envolve todas as anteriores para que possa se tornar um prato saboroso e nutritivo. Não desejo agora, falar de custos, tira gostos, ingredientes, preparo ou sobremesas. Desejo sem regras culinárias sugerir o prato que a alma necessita para se exercer. A vida dá à alma a oportunidade de expandir-se e a alma dá à vida a oportunidade de ser criada e vivida. Desperdiçá-la é um pecado contra a nossa própria existência e saber aproveitá-la é pura sabedoria. Sendo assim, não desperdice nenhum ingrediente que lhe sugeri a cada receita deste livro. Se a vida estiver ruim é porque você não está sabendo preparar seu próprio alimento. Não há como a vida ser, antes de ser preparada por nós mesmos. Condicionado à matéria, o ser humano confunde vida boa com ter posses materiais. Todavia, uma boa vida está calcada na posse que devemos ter de nós mesmos e de todos os bons sentimentos. E, sentimentos não estão à venda, não são necessariamente propriedade apenas dos donos do capital; sentimento é a essência presente em cada alma. Sinta o aroma dos seus. Aroma fétido indica ingestão de alimentos estragados que intoxicam a alma. Tome cuidado porque eles além de adoecê-lo, matam-no devagarzinho ou abruptamente.
         Eu ainda hei de falar dos venenos que intoxicam nossa alma, mas preferi primeiro falar do elixir para uma vida saudável e eterna. Não torne sua vida difícil alimentando-se da falsa e comodista crença de já tê-la recebido pronta na bandeja. Dê-se ao trabalho de construí-la e reconstruí-la dia após dia. Não crie um Deus responsável por tudo aquilo que cabe a você responsabilizar-se. A sua responsabilidade é criar um mundo melhor para si mesmo e para o próximo. Desapegue-se do antigo discurso: — Se Deus quiser! Queira você mesmo fazer o que precisa ser feito. E o que precisa ser feito? Você sabe. Não ignore este saber fazendo perguntas idiotas para passar o tempo. Viva seu tempo construindo soluções para qualquer pergunta que vier a fazer. Se a solução for boa ou má, a própria vida lhe dirá.
         Ao final deste livro, espero que possa saborear cada vez mais cada receita, e mais precisamente a sua própria vida. Não tome os dissabores da vida do outro para si. O máximo que poderá fazer é oferecer ao próximo a sua fartura e quem sabe aquela receita especial, bem sua, que possa temperar ou adoçar uma vida amarga. Lembre-se também que há gosto para tudo, até mesmo para sabores azedos e amargos. Há quem reclame do amargo, e se delicie secretamente com o mesmo. Sendo assim, fique atento ao coitadinho que existe fora e dentro de você. Mate o coitado de inanição e alimente o ser ativo e consciente. A sua consciência é quem determinará a hora da próxima refeição e o prato a ser servido.
         Faça a sua parte para que possamos construir um todo harmônico. Nesta vida, eu não fiz ainda a minha parte. Só fiz uma pequena parte do que sinto ser ainda capaz de fazer. Desejo fazer muito mais. Desconheço todas as regras de nossa complicada língua portuguesa. Desconheço os padrões exigidos para se criar uma estória ou uma poesia. Aliás, a minhas queridas filhas vivem chamando a minha atenção: — Mamãe, estória não se escreve com “e”, escreve-se com “h”. Sabe o que respondo?
— Sei que estas regras gramaticais foram mudadas, mas as estórias criadas pelo meu coração serão sempre escritas com “e” e a criada pela vida, pelo destino, com “h”. Percebo uma diferença muito grande entre elas. Norteada por estas diferenças, posso escrever uma estória da nossa história. Posso transformar uma dura história numa estória recheada de fantasias.
         Sei que desconheço uma grande parte das regras gramaticais, no entanto, não usei meu desconhecimento para fugir da responsabilidade de criar algo que acredito ser transformador. Criei as minhas próprias regras para compor de uma forma simples e divertida, o sonho de ajudar a construir um mundo mais digno de ser vivido. Elas se baseiam nos meus sentimentos e não na sintaxe. Os críticos letrados que me perdoem. Não me sinto culpada por ter criado uma didática nova. Não sei se é boa ou má. Só sei que é minha. Dou-me também o direito de dividir esta responsabilidade com meus anjinhos. Eles nunca me contaram o grau de instrução que possuem. Nem sei se falam a nossa língua. Parece que falam uma língua universal e foram apenas instruídos a instruir-me. Eu fui instruída a instruir cada um de vocês. Que vocês estejam sendo instruídos a instruir cada um de nós. Com tanta instrução talvez possamos criar um curso destinado a todos. Que nome daremos a ele? “Curso Vida” cai bem. Saiba que no decurso da vida, com ou sem recurso, só receberá o diploma aquele que viver.



        




“E ASSIM, COMEÇA UMA NOVA HISTÓRIA RECHEADA DE ESTÓRIAS PARA CONTAR”...

















 

















 











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