SE EXISTE UMA PERGUNTA SEM RESPOSTA,
ESTA PERGUNTA É CERTAMENTE:
— QUEM É DEUS?
QUEM EXIGE UMA RESPOSTA TORNAR-SE-A UM
CÉTICO OU UM FANÁTICO
ENERGIA DIVINA
Trata-se de uma bebida de imenso valor energético. Ela
é suave, não causa embriaguez e nem ressacas morais. Quem dela saborear
encontrará forças para superar todos os obstáculos que a vida nos impõe. É
importante tomar cuidado, pois existem várias falsificações no mercado cujo
agente tóxico denominado fanatismo é capaz de deixar não só um indivíduo, mas
também grandes massas de pessoas totalmente embriagadas, dopadas e com ressaca.
CUSTO
Por se tratar de uma bebida que deverá ser preparada e
enriquecida naturalmente pelo próprio indivíduo e por, concomitantemente, haver
poderosos interesses de mercado no sentido de se apoderar da fórmula da mesma e
de traficar falsificações, o preço que se paga ao preparar a própria bebida é o
de competir com um comércio sujo que fará de tudo para destruir a sua imagem.
Por ser mais fraco em termos de valor de mercado, você corre o risco de ser
rotulado de herege. No entanto, por ser mais forte em termos de dignidade, você
com certeza descobrirá que vale à pena pagar o preço.
TIRA GOSTO
DIVINA LUZ
ÉS A MINHA FONTE
INSPIRADORA
ÉS A MINHA VERDADE MUTÁVEL
MUTÁVEL COMO A VIDA
MUTÁVEL COMO O UNIVERSO
MUTÁVEL COMO SI MESMO
ÉS A FORÇA QUE ME DETERMINA
ÉS A ENERGIA QUE ME
IMPULSIONA
IMPULSIONA A REFLETIR
IMPULSIONA A QUESTIONAR
IMPULSIONA A AGIR
ÉS
SEM PRECISAR SER
SER SOBRENATURAL
SER SOBERANO
SER DIVINO
ÉS POR TODOS
ÉS POR TUDO
TUDO QUE EXISTIU
TUDO QUE EXISTE
TUDO QUE EXISTIRÁ
ÉS PRESENÇA
PASSADA
PRESENTE
FUTURA
ONIPRESENÇA
ÉS REPLETO
ÉS VAGO DEMAIS
DEMASIADAMENTE COMPLETO
ININTELIGÍVEL
À NOSSA VAGA INTELIGÊNCIA
ÉS PALAVRA
ÉS A FALTA DELA
SEM SIGNIFICADO
PORÉM SIGNIFICATIVO
EXPRESSIVAMENTE ACEPTIVO
ÉS SIMPLESMENTE
ÉS DEFINITIVAMENTE
DEFINITIVAMENTE SEM CONCEITO
DEFINITIVAMENTE SEM
EXPLICAÇÃO
DEFINITIVAMENTE SEM SENTIDO
SEM SENTIDO
ÉS APENAS SENTIDO
O QUE FAZ SENTIDO
MUITO SENTIDO
SENTINDO
INGREDIENTES
Só fé e nada mais.
PREPARO
Para preparar esta bebida você terá primeiro que
colher a fruta preciosa da mesma. Esta fruta se encontra no quintal da vida.
Caso você pense não possuir este quintal é porque está de certa forma morto.
Sendo assim, será preciso ressuscitar, pois a vida é um quintal com infinitas
árvores. Se estiver morto, tente descobrir quem lhe assassinou. Muitas pessoas
são mortas ao ingerir crenças, dogmas, enfim por uma infinidade de valores,
padrões doentios que servem muito mais ao outro do que a si mesmo. Ao descobrir
seu assassino, mande-o para o inferno que o habita e apodere-se finalmente de
seu paraíso. Ao entrar em seu paraíso, você descobrirá que ele não é nada mais,
nada menos do que a sua própria vida. Neste momento você se lembrará de que
todas as vezes que viveu o inferno foi por ter delegado sua própria vida a
pessoas manipuladoras que julgavam poder direcioná-la ao seu bel prazer.
Neste paraíso que eu chamo de quintal
da vida existe bem na entrada uma árvore frondosa com os frutos da fé. Basta
saboreá-los para que você possa encontrar em seguida a árvore cujo suco contém
a tão valiosa energia divina, pois o sumo da fé é que lhe direcionará
exatamente ao local onde você precisa estar. O mais interessante é que não
existe uma regra rígida. O fruto que contém a energia divina pode estar em
qualquer árvore e em qualquer lugar. Tudo vai depender muito do seu momento
presente; da sua abertura e da sua necessidade atual. Assim que encontrar o
fruto com a energia divina, esprema todo caldo que tiver dentro dele fazendo
uma bebida bem apetitosa capaz de estimular todos os seus sentidos e sensações.
Deleite-se com este inesquecível prazer sem jamais abrir mão da energia que
sentirá fluir dentro de seu ser, agora mais forte e pleno.
SOBREMESA
O
LAMPIÃO MÁGICO
Era uma vez um certo lugar aonde as pessoas
chegavam e ganhavam de presente um lindo lampião mágico. Dentro dele vivia uma
luz capaz de iluminar todos os caminhos que levavam à felicidade. Tamanho era o
poder deste lampião que muitos chegavam
a acreditar que Deus morava dentro dele, no entanto, havia também os que
duvidavam simplesmente por alimentar a crença de que Deus habitava um paraíso
muito distante onde poucos poderiam chegar. Aquelas pessoas que acreditavam na
presença de Deus no lampião tratavam de cuidar bem do mesmo e manter a luz
sempre acesa. Encaravam-no como uma
bússola da felicidade e tratavam de explorar todos os caminhos e direções que a
vida lhes oferecia sempre com o lampião à mão. Aquelas que acreditavam na
presença de Deus no paraíso, passavam uma vida inteira fazendo promessas,
reparando culpas, trabalhando pelo futuro na esperança de um dia poderem
desfrutar de um prazer que jamais se permitiam desfrutar no presente. Estas
pessoas menosprezavam o seu lampião a ponto de deixa-lo largado em um canto
qualquer deste mundo, pois o único mundo que lhes interessava estava sempre
muito além.
O tempo, companheiro de todos, sempre vai
passando devagarzinho sem que ninguém perceba. Andando sem fazer rumor e com
muita sutileza, promove em algum momento o inesperado e surpreendente encontro
com a eternidade. Diante de tal surpresa, muitas pessoas se sentem traídas pelo
mesmo, inaugurando um conflito que as impedem abraçar a eternidade neste
inesquecível encontro que pode ser triste ou alegre dependendo da descoberta
que cada um faz. E foi assim aconteceu uma interessante conversa em algum lugar
e em algum momento.
— Quem é você? Perguntou um homem.
— Eu sou a Eternidade.
— O que estou fazendo aqui?
— Você é quem deveria saber! Respondeu Eternidade.
— Por que eu é que tenho que saber o que estou fazendo aqui?
Perguntou com ar petulante o recém chegado daquele lugar novo e desconhecido.
— Porque é você quem está aqui agora! Afirmou Eternidade.
— Onde estou?
— Você está aqui! Respondeu cheia de convicção a desconhecida
Eternidade.
— É claro que estou aqui. Quero saber que lugar é este. Falou
impacientemente o homem.
— Este lugar é o lugar que ocupa agora! Respondeu com serenidade a
voz da Eternidade.
— Mas o que é que posso fazer neste lugar?
— O que você quiser!
— Mas eu não quero fazer nada! Respondeu o homem com muita raiva.
— Então não faça nada! Aconselhou Eternidade.
— Eu quero que me digam o que devo fazer!
— Então diga a si mesmo o que acha que deva fazer!
— Eu não sei o devo fazer e não estou acostumado a dizer nada a
mim mesmo. Sei apenas dizer ao outro o que fazer. Sendo assim, me diga agora o
que devo fazer! Ordenou com firmeza aquele novato homem que começava a se
enfurecer com as vagas respostas da Eternidade.
— Epa, mais um! Provavelmente você não saiba o que queira fazer
por nunca ter feito o que realmente quis – Pontuou Eternidade querendo
esclarecer algo que lhe parecia bem comum de acontecer ali.
— E o que eu realmente quis e não fiz? Perguntou com sarcasmo o
homem
— Isso só você sabe.
— Pois saiba que sempre quis dar ordens e sempre fiz isto muito
bem.
— Talvez precise agora dar ordens a si mesmo. Ponderou Eternidade
com sabedoria.
— Eu nunca fiz isto e nem pensei nunca nisto... Divagou pensativo
o homem arrogante.
— Em que você pensava?
— Eu pensava fazer aquilo que aprendi ser correto fazer.
— O que é correto? Perguntou Eternidade com ar de questionamento.
— Correto é tudo aquilo que vem de Deus.
— Então você sabe que deva fazer aquilo que vem de Deus!
Esclareceu Eternidade tentando ajudá-lo.
— Sei.
— E por que não faz? Questionou Eternidade.
— Sei que o correto é fazer o que vem de Deus, mas não sei o que
fazer agora. Falou decepcionado aquele homem que se julgava tão certo de si.
— Talvez você não saiba o que vem de Deus. Inferiu Eternidade.
— Eu sei sim! O que vem de Deus é tudo que me falaram, é tudo que
escutei a minha vida inteira.
— Então faça o que lhe falaram! Recomendou Eternidade.
— O que me falaram não faz mais sentido aqui neste lugar.
— Mas, por que perdeu o sentido logo agora?
— Porque eu não tenho o que fazer aqui para garantir meu lugar no
paraíso. Respondeu o homem cheio de desilusão.
— Onde é o paraíso? Perguntou Eternidade
— É o lugar onde Deus mora.
— Onde Deus mora? Voltou a
perguntar tentando questiona-lo.
— Em algum lugar. Respondeu confuso.
— Mas, algum lugar é um lugar que não existe! Advertiu Eternidade.
— Como assim? Perguntou o
homem com uma expressão confusa.
— Ninguém pode ocupar algum lugar. Todos nós só ocupamos o lugar
que estamos nele no momento. E é neste lugar que devemos construir o nosso paraíso.
Orientou Eternidade àquela alma tão desavisada.
— Para que construir um paraíso se eu posso usufruir o paraíso de
Deus? Ironizou o homem.
— Você já usufruiu em algum momento do paraíso de Deus? Retorquiu
Eternidade.
— Não, mas me certificaram a vida inteira de que algum dia isto
seria possível.
— Mas, algum dia é também um dia que não existe! Voltou adverti-lo
aquela presença tão questionadora.
— Que dia existe então?
Perguntou o homem com um tom desafiador.
— Existe o agora para sempre. Respondeu Eternidade com toda
segurança tentando clarear as ideias confusas daquele homem.
— Acho que estou começando a entender... Você está tentando me
dizer que não existe algum lugar paradisíaco que eu possa viver algum dia?
— É isto mesmo. Viver é estar presente, o resto é pura fantasia.
— Quem me garante que você é portadora da verdade divina? A
verdade que ouvi é totalmente diferente de tudo isto que você me diz agora e eu
prefiro continuar acreditando naquilo que eu ouvi. A verdade de Deus é suprema.
Contrapôs o homem desconfiado.
— Então continue acreditando naquilo que ouviu. Se isto lhe deixa
mais seguro...
— Mas o problema é que não me sinto mais seguro. Desabafou o
homem.
— Sinto muito por você pelo fato da verdade divina não ter tido o
poder de lhe trazer segurança. Ressentiu Eternidade.
— Mas eles sempre me garantiram que tudo aquilo que eu ouvia me
traria a segurança que todo ser humano busca.
— O que você ouviu foi dito por quem? Perguntou a voz Eterna.
— Por eles, ou seja, por inúmeras pessoas que cruzaram o meu
caminho dizendo saber qual o caminho certo e garantido da vida.
— Então você não ouviu de Deus? Indignou-se Eternidade.
— Eu ouvi através deles o que Deus falava. Justificou o homem.
— Por que Deus só disse a eles e nunca a você?
— Eu é quem vou saber?
— Quem mais poderia? Censurou Eternidade.
— Só Deus. Respondeu o homem.
— Então pergunte pela primeira vez a Deus alguma coisa!
— O que eu devo perguntar?
— Tudo aquilo que deseja saber. Respondeu Eternidade
—E o que é importante saber?
— É importante saber o que é importante para você.
— Mas eu não sei o que é importante para mim.
— Você não sabe o que é importante para você? Fitou-o perplexa
aquela voz tão questionadora.
— Eu sei o que é importante para os outros. Aprendi através do outro
o que era importante para mim e aprendi também a dizer a eles o que
supostamente era importante para eles.
— Aqui não existe mais este outro que você tanto fala.
— E o que existe aqui?
— Existe o que você consegue enxergar e sentir.
— Eu não consigo enxergar e sentir nada. Falou o homem cheio de
desânimo.
— Este nada é o que você conseguiu alcançar. Esclareceu com
firmeza a voz da Eternidade.
— Não! Você está totalmente enganada! Eu consegui alcançar muitas
coisas. Eu sou um homem vitorioso. Tenho títulos, bens, dinheiro, uma família,
amigos e muito mais.
— Me mostre tudo isto que alcançou. Desafiou Eternidade.
— Eu não tenho como lhe mostrar isto agora. Ressentiu o homem.
— Se isto lhe pertencesse você deveria ter como me mostrar.
— Não sei como explicar, mas tudo ficou perdido em algum lugar.
— Onde? Perguntou Eternidade
— Sei lá. Talvez alguém tenha me roubado tudo isto.
— Quem faria isto?
— Você. Só pode ser você! Foi só me deparar com você e tudo perdeu
o sentido. Quem é você?
— Eu já lhe disse, sou a Eternidade.
— Eternidade é um tempo que não existe. Expressou com escárnio
tentando desqualificar Eternidade.
— Qual tempo existe mesmo? Perguntou Eternidade querendo checar o
poder de assimilação daquele homem.
— Você acabou de me dizer que o agora é o único tempo que
realmente existe, já que o passado passou e o futuro não chegou ainda. No
entanto, tenho que admitir a minha dificuldade para entender isto na prática.
— Mas agora poderá entender perfeitamente, pois
este agora se eternizou para
você.
— Eu não sei viver este agora. Sempre desprezei este momento. Eu quero meu passado e um futuro brilhante
para mim.
— Foi o que você sempre fez e o que não dá para fazer agora. —
Ponderou Eternidade.
— E o que dá para fazer agora? Perguntou o homem cheio de
curiosidade.
— Dá para fazer o que tiver vontade!
— Eu tenho vontade de viver o meu passado e o meu futuro. Afirmou
o homem num tom de exigência.
— Eu já lhe disse que estes tempos não existem aqui.
— Eu não quero viver agora! Berrou o homem.
— Então, morra! Retrucou Eternidade.
— Eu não quero morrer.
— Deverá morrer para trazer de volta o que deseja.
— A morte trará de volta a vida? Perguntou o homem inundando-se de
esperança.
— Não, pois não é bem a vida o que você deseja. A morte lhe trará
de volta o que lhe matou em vida. Esclareceu Eternidade. É isto que deseja?
— Eu prefiro a morte a esta vida aqui.
— Então você optará pela morte e renegará novamente a vida? Perguntou perplexa Eternidade.
— Mas eu nunca neguei a vida! Afirmou o homem.
— Como já lhe disse, vida só acontece no presente, o restante são
lembranças ou fantasias. Você negou o seu presente deixando-o jogado em um
canto qualquer do mundo.
— Que presente é este?
— Aquele que Deus oferece a todos. O seu lampião mágico. Elucidou
Eternidade.
— Para que serve um lampião?
— Para iluminar o seu caminho.
— Eu não preciso de um lampião para iluminar o meu caminho, ele
sempre foi muito claro.
— Engano seu. Você abandonou o seu lampião e a escuridão fez com
que buscasse a segurança trilhando o caminho do outro. É preciso que encontre o
seu lampião para conquistar finalmente a clareza que lhe falta agora.
Inesperadamente, foram interrompidos por
um jovem que se aproximou carregando com reverência um lindo lampião. Com um ar
de felicidade e prazer falou exultante:
— São tantas as belezas e os prazeres deste lugar! Mais um
paraíso!
— Mais um paraíso? Interrogou-lhe surpreso o homem.
— Mais um paraíso dentre os muitos que já passei. Completou o
jovem dono do lampião.
— O que você vai conseguir fazer aqui?
— Eu já estou fazendo tudo que tenho vontade.
— Você não se considera um egoísta fazendo tudo que possui
vontade?
— Egoísta, como assim? Perguntou o jovem.
— Como fica os outros com você fazendo apenas as coisas que tem
vontade?
— Os outros também podem fazer aquilo que possuem vontade. Afirmou
o dono do lampião.
— E o que você tem vontade? Perguntou o homem.
— Tenho vontade de ser o que realmente sou.
— O que você é?
— Sou aquilo que descubro a cada momento.
— E o que você descobriu de você até agora? Perguntou o homem
cheio de indignação.
— O grande prazer de me conhecer.
— E os desprazeres?
— Os desprazeres acontecem principalmente quando descuidamos do
nosso lampião a ponto da nossa luz apagar nos obrigando a seguir a trilha do
outro. Explicou o jovem.
— Isso já aconteceu contigo? Perguntou curioso identificando-se
com a situação exposta pelo jovem.
— Algumas vezes.
— E o que você fez para encontrar seu lampião de novo?
— Tive que aceitar andar por algum tempo no escuro, mas levando
comigo a clara meta de buscar a luz. Respondeu o jovem externando humildade.
— E como se faz isto?
— Tendo a coragem como parceira nesta busca.
— E onde podemos encontrar a coragem? Perguntou o homem.
— Apenas diante do medo.
— Você já teve medo?
—Algumas vezes.
—Pois eu nunca tive. Vangloriou-se o homem tentando, inutilmente,
se sobressair sobre o jovem.
— Pois eu tive medo, enfrentei e conquistei a coragem que me
permitiu encontrar meu lampião todas as vezes que o perdi.
— Quando é que se tem medo? Perguntou o homem temeroso pela
resposta.
— Diante do desconhecido.
— E o que é o desconhecido?
— Talvez seja aquilo que lhe faltou conhecer.
— E o que me faltou conhecer? Perguntou o homem com ar irônico.
— Aquela presença discursada por muitos, mas praticada e vivida
por poucos. Conjeturou o dono do lampião.
— Que presença?
— A presença de Deus dentro de si e não somente fora.
— Mas como você pode dizer isto?
— Digo isto porque vejo você sem o seu lampião. Finalizou o jovem.
Antes que a conversa pudesse ter
continuidade, Eternidade solicitou que cada um retomasse o seu caminho. Só Deus sabe o caminho que
cada um deles tomou.