quinta-feira, 14 de março de 2013

DESENVOLVIMENTO PESSOAL


"SEM ENVOLVIMENTO NÃO HÁ DESENVOLVIMENTO”




        Este prato é de grande importância para quem deseja crescer. Ele proporciona, a quem o prepara e degusta, a deliciosa sensação de se sentir forte e grande, dando mais consistência àquilo que pensa e àquilo que faz.



CUSTO



        O preço que se paga é proporcional ao seu crescimento, ou seja, depois que você cresce, nem tudo que anteriormente lhe servia caberá em você.



TIRA GOSTO


PRINCÍPIOS


NÃO TENHO MEDO DE CRESCER
TEMO FICAR GRANDE DEMAIS
E NÃO ME ENCAIXAR MAIS
NO SEU MUNDO PEQUENO
NESTE ESTREITO ESPAÇO HABITADO POR VOCÊ

NÃO VOU COLABORAR JAMAIS
PARA QUE FIQUE PEQUENO
APESAR DE SABER
QUE CRESCER DEPENDE
APENAS DE VOCÊ MESMO

A CADA DIA
DESCUBRO EM MIM UMA NOVA PESSOA
NÃO CONSIGO FICAR CONFUSA
APENAS, SURPRESA
CONFUNDO APENAS VOCÊ


INFRINGÍ CÓDIGOS DE ÉTICA
PARA SER ÉTICA COMIGO MESMA
 E, POR EXISTIR PRINCÍPIOS
QUE SE APOIAM NUMA TOTAL FALTA DELES
TIVE POR PRINCÍPIOS SER EU MESMA



INGREDIENTES



Fermento da fé
Farinha da motivação
Leitoso desejo de mudar
Doce consciência da verdadeira essência interior
Ovos de curiosidade (obs: a gema é bem mais amarelinha do que do ovo da apatia)



MODO DE PREPARAR


        É como se prepara um bolo. A base é constituída por alguns ingredientes indispensáveis. Mistura-se o leitoso desejo de mudar com a doce consciência de sua verdadeira essência interior, fermento da fé e farinha da motivação. Dos ovos da curiosidade, separa-se a clara da gema, ou seja, o desejo de ampliar o conhecimento daquilo que está dentro e fora de você. Depois de solve-los, poderão ser finalmente incluídas na mistura acima. Tenha muita disposição para bater com suas próprias mãos todos estes ingredientes. Não pare e bata sempre na mesma direção, pois a consistência desta mistura é que vai determinar a qualidade do bolo. Sem disposição para bater a sua massa, seu bolo não irá crescer.
        Escolha uma fôrma bem aberta e unte com otimismo para não agarrar no fundo. Quanto mais aberta, mais amplo o seu bolo. Leve ao forno e verifique se as quentes chamas das experiências da vida estão acesas para aquecê-lo. Tenha paciência para esperar o seu bolo crescer; não fique abrindo o forno antes da hora, pois este procedimento esfria o calor das chamas produzidas pelas experiências vividas, fazendo seu bolo murchar ou endurecer .
        Você poderá recheá-lo por dentro e por fora com aquele recheio que mais enriquecer a sua receita e agradar o seu paladar. Tem gente que gosta da cobertura do amor e do recheio da paciência. Outros preferem a cobertura da liberdade e o recheio da tolerância. Eu sugiro a você escolher aquele recheio e cobertura que possa tornar o seu bolo mais nutritivo e saboroso. A escolha é sua!


SOBREMESA


A ÁRVORE E O BEIJA-FLOR


No alpendre de uma fazenda vivia uma bela árvore que apesar de exuberante andava se sentindo triste e insatisfeita. Sempre carregada de flores, atraía diariamente a presença de um gracioso beija-flor que acabou por se tornar o seu melhor amigo. Nos últimos tempos estava exalando tanta tristeza que seus galhos e folhas perderam o viço assumindo uma expressão deprimida que passou a preocupar o dócil beija-flor. Perplexo com a mudança repentina de sua melhor companheira, resolveu interrogá-la para descobrir o motivo de tamanha melancolia:
— O que está acontecendo com você, amiga? Você que era tão alegre e viçosa vem assumindo nos últimos tempos uma notável tristeza e desânimo.
— De fato estou triste. Tenho tido dificuldades de reconhecer-me. Confirmou a árvore.
— Qual o motivo de sua tristeza? Perguntou novamente o beija-flor com clara intenção de ajudá-la.
— Preciso mostrar a minha verdadeira face e não consigo. Ando desanimada. Preciso crescer mais e mais, tornar-me frondosa como tantas árvores que vejo diante de mim.
— Não queira ser como as outras árvores. Cada um é o que é. Você será mais feliz se contentar com seu tamanho. Aconselhou o amigo beija-flor tentando consolá-la.
— Talvez eu tenha me expressado mal. Na verdade eu não quero ser como as outras árvores, eu quero ser eu mesma como você mesmo disse. E... Antes que pudesse prosseguir com suas explicações foi interrompida pelo beija-flor que a indagou surpreso:
— Então qual o problema! Se você busca ser o que é realmente não deveria estar triste. Deveria estar alegre de ser como é. Aliás, perfeita para mim.
— Perfeita para você, mas imperfeita demais para mim. Meu grande problema é que de uns tempos para cá passei a ser o que não sou.
O beija-flor adotou uma expressão de reprovação perguntando novamente:
 Como assim? Não estou entendendo mais nada! Dá para explicar melhor?
— Me vejo pequena e sinto que posso ser muito maior do que estou sendo. Sinto que posso ser uma grande árvore, frondosa, capaz de abrigar não só você nos meus galhos, mas todos os pássaros que desejarem o meu acolhimento.
— Eu estou muito feliz com você deste tamanho. Afirmou o beija-flor.
— O fato de estar bom para você não significa que está também para mim. Eu quero ser muito mais, inclusive muito mais do que aquilo que parece ser bom para você. Pronunciou a árvore.
Incomodado com o pronunciamento de sua amiga, o gracioso beija-flor a censurou com aspereza:
— Você está sendo muito ambiciosa e invejosa!
— E você não está me entendendo. Eu não ambiciono e nem invejo o jeito de ser das outras árvores. Pelo contrário, eu até as admiro. Eu apenas quero ser melhor do que fui ontem. Quero ser melhor do que eu mesma e não melhor do que as outras árvores. Procuro sempre me comparar comigo mesma e tenho percebido que já faz algum tempo que não mudo. Caí na mesmice e isto tem me cansado. Mudar é o meu grande desafio. Mudar para melhor! Exclamou com mais entusiasmo a árvore tristonha.
— Então você já conseguiu realizar o seu desafio. Lembro-me de você ainda brotinho. Hoje, além de ter crescido, você se transformou também em meu descanso predileto. Seus galhos, mesmo pequenos, me acolhem e suas flores me sustentam. Acalentou o beija-flor tentando conformá-la.
— Ser tudo que fui e tudo que consegui ser até agora me deixa realmente feliz. Confirmou a árvore.
— Então se agarre nesta felicidade e se desapegue desta tristeza. Recomendou o amigo.
— Mas, se eu me desapegar desta tristeza que sinto agora eu estaria me desapegando de mim mesma.
— Você vai me enlouquecer! Não estou entendendo mais nada! Que benefício você pode ver na tristeza? Perguntou cheio de perplexidade o amigo beija-flor.
— A tristeza me trouxe um importante aviso de alerta. Se eu não ouvi-la agora, corro o risco de me transformar daqui para frente numa boba alegre. Advertiu a árvore com sensatez.
— Boba alegre?
— Sim. Boba alegre finge alegria. Eu não quero fingi-la; quero vivê-la plenamente. Se a alegria que sempre me habitou com toda a sua algazarra deixou a tristeza falar, é porque o recado que ela traz, com certeza, é importante.
— Qual o recado que a tristeza lhe traz? Perguntou o beija-flor.
— A tristeza me diz que eu posso ser mais do que estou sendo. Diz-me também que ando parada, estagnada. Ela tenta me mostrar, com esta dura verdade, a alegria que me aguarda mais à frente caso eu não me acomode. Sendo assim, eu preciso me expandir. Afirmou a árvore.
— E como você vai fazer isto?
— Eu não sei. Tenho me esforçado para conquistar esta expansão, mas não tenho conseguido o que realmente desejo. Não consigo entender o que me falta.
— Talvez não lhe falte nada. Talvez você ande querendo ter mais do que pode ter realmente. Finalizou o beija-flor voando em direção a árvore mais próxima que parecia não ter tantos conflitos existenciais.
A árvore permaneceu ali, sozinha e irritada com seu melhor amigo, que parecia não compreender seus anseios. Sabia que dificilmente qualquer ser compreenderia o que se passava no seu interior. Além de seu desejo de crescer, manifestava dentro de si um desejo pouco comum para uma árvore. Tinha também desejos de sair daquele lugar que vivia, mesmo consciente de que uma árvore não poderia sair andando por aí. Era como se estivesse plantada num lugar que não era o seu. Era como se suas raízes estivessem fincadas em um falso chão. Precisava encontrar o seu solo, mas a própria vida a havia colocado ali. Possuía uma energia que a movia para o crescimento, no entanto, não conseguia observar nenhum movimento de expansão acontecendo consigo já há algum tempo. Passou uma boa temporada vivendo este conflito e lamentando chorosa a sua condição de ser. Do choro somou-se a revolta consigo mesma, bombardeando-se com ataques depreciativos. Chegou a pensar que talvez fosse pequena de fato e que tudo que sentia e almejava não passasse de uma bela fantasia. Quando, sem perspectivas, começou finalmente a se preparar para aceitar uma condição que inicialmente julgava não ser a sua, passou por aquela região um violento tornado que tornou tudo muito diferente.
A fúria da natureza parecia querer mudar tudo de lugar. Assistiu um drama que tornou-se seu também. Em meio ao arrastão meteorológico, viu-se também sendo levada sem destino para algum lugar que não sabia onde. Consciente de que havia sido deslocada de seu local de origem, não entendia o fato de sentir suas raízes ainda presas ao chão. Era como se tivesse carregado seu solo consigo. Sem resistência para enfrentar a força avassaladora, permitiu-se ser conduzida acreditando nos desígnios da natureza. Cessado o furor de uma natureza que desconhecia, chocou-se repentinamente na encosta de um grande rio. O choque produziu um barulho estranho de algo rachando em torno de si. Crac!!!!!!!!!! Lembrou-se de uma história contada pelo seu grande amigo beija-flor ao retratar a mágica de seu nascimento:
— “Quando aquele ovo que me continha se rachou, eu pude me alongar e me sentir livre”.
Podia ouvi-lo apesar da sua ausência. Aquele choque sobre a encosta lhe provocava a mesma sensação que o seu amigo sentira no momento do nascimento. Era como se estivesse saindo de um ovo. A terra que outrora apertava suas raízes pareceu relaxar.
Suas raízes iniciaram um movimento de alongamento buscando, concomitantemente, fixar-se em um mundo novo aparentemente sem limites. Podia agora adentrar-se num universo completamente diferente de tudo que vivera. Desgalhada e desfolhada foi cumprimentada pelo belo rio que corria majestosamente à sua frente:
— Seja bem vinda à sua nova morada!
— Obrigada! Acho que estou meio tonta. Não consegui ainda entender o que se passou comigo. Agradeceu estressada.
— Ao invés de entender, procure sentir as diferenças. Aconselhou o rio com sabedoria.
Apesar de todo o estresse, sentia-se mais relaxada como se tivesse libertado de algo que aprisionara. Limitou-se a seguir os conselhos do rio sentindo cada diferença que a sua nova morada lhe proporcionava. Uma sensação de bonança apoderou-se de si. A cada dia suas raízes se fixavam cada vez mais naquele novo chão. Novas estações vieram e com elas novos galhos, ramos, folhas e flores foram brotando de seu corpo que pareceu ter passado por um processo de renascimento.
A tristeza e a insatisfação se dissiparam com a força do tornado que a tornou, dia após dia, cada vez mais forte, frondosa e alegre. Transformou-se, finalmente, naquilo que sempre julgou ser. Grandiosa, acolhia em seus galhos pássaros de inúmeras espécies. Estava feliz, pois não se sentia mais como no passado, limitada a algo inexplicável que a impedia de crescer. No entanto, a saudade de seu amigo beija-flor lhe impedia sentir-se totalmente realizada. O terrível tornado que acabou se tornando uma bênção em sua vida lhe separou da melhor companhia que possuía. Sentia falta de suas histórias e até mesmo da dificuldade que seu estimado amigo possuía para compreendê-la. Nenhum pássaro seria capaz de substituí-lo. Vivendo este sentimento, compreendeu o quanto é insubstituível cada ser que nos cativa.
Entorpecida pela nostalgia dos velhos tempos foi despertada pela chegada estranha de um velho beija-flor que, já cansado, soava um canto triste que tocou profundamente o seu coração. Ofereceu ao mesmo as boas vindas e o farto alimento que poderia extrair de suas flores que magicamente tornava a vida mais doce:
— Seja bem vindo a esta nova morada e fique nela quanto tempo desejar.
— Quanta hospitalidade! Exclamou o beija flor.
— A minha hospitalidade é fruto da grandeza que me foi concedida. Completou a árvore hospitaleira.
— Você me faz lembrar de uma grande amiga do passado que ainda se faz presente dentro de mim. Falou cheio de saudade aquele velho e cansado beija-flor.
— Ela era assim, grande como eu? Perguntou a árvore cheia de curiosidade.
— Ela tinha uma alma grandiosa, mas não conseguia crescer. Sofria com isto, pois não conseguia entender a paradoxal condição de seu ser - "Ser pequena sentindo-se tão grande". Eu era um dos poucos pássaros que buscava refúgio em seus galhos.
— Onde ela vive? Perguntou a árvore.
— Não sei se ela vive, só sei que viveu por um bom tempo dentro de um lindo vaso de cerâmica enfeitando a minha vida e o alpendre de uma suntuosa fazenda. Respondeu o beija-flor com pesar.
— Mas o que aconteceu com ela? Ela não vive mais lá?
Com os olhos lacrimejando, o velho beija-flor contou o suposto trágico fim de sua melhor amiga:
— Algum tempo atrás, um grande tornado passou por lá e levou a minha querida companheira. Ela levantou vôo como se fosse um pássaro. A mercê de um vaso de cerâmica, incapaz de se sustentar com a força do vento, foi levada para algum lugar que não se sabe onde. Se tivesse suas raízes presas ao chão, com certeza teria se salvado, pois era forte demais.
Naquele exato momento, uma emoção grandiosa tomou conta daquela árvore. Finalmente, além de poder compreender a razão de seu nanismo no passado, mediante as informações repassadas pelo novo inquilino, pôde também ter certeza de que aquele velho beija-flor era o seu jovem companheiro. Tomada de emoção, indagou o seu discurso fatídico:
— Como pode ter certeza de que ela não se salvou?
— A ausência dela me diz isto. Respondeu o velho amigo.
— Às vezes, a ausência nos provoca um vazio tão grande que a gente se perde dentro dele e não consegue perceber a presença daquilo que nos é mais valioso. Advertiu a árvore.
— Pode ser, mas o meu sonho é poder voltar naquela fazenda e encontrar, naquele alpendre, a minha querida amiga. Ah, se essa mágica acontecesse! Eu ficaria muito feliz! Exclamou o beija-flor fantasiando um reencontro.
— Esta mágica traria, ilusoriamente, a sua felicidade e, realisticamente, a ruína de sua amiga. Censurou a árvore com firmeza.
— Como assim? Perguntou o beija-flor surpreso com a intervenção daquela árvore que falava com segurança de uma vida que mal conhecia.
— Agora eu entendo porque sua amiga não crescia e entendo ainda mais o sofrimento dela. Assegurou-lhe a árvore.
— Como você pode entender se nem mesmo ela entendia? Retrucou o amigo.
— Ela sabia que vivia contida, mas não sabia que vivia dentro de um vaso. Replicou a árvore tentando explicar a sua passada condição.
— Como ela poderia não perceber o vaso que vivia?
— O vaso era seu mundo. Não tinha consciência de que existia um vasto mundo lá fora. Tinha consciência apenas do grandioso universo que existia dentro de si e da dificuldade de expandir-se conforme o potencial que possuía. Jamais conseguiria se tornar uma árvore como sou hoje restrita a um vaso que lhe demarcava um território tão limitado. Conjeturou a sábia árvore.
— Na verdade aquele vaso não era tão pequeno assim. Era apropriado para o seu tamanho. Uma árvore pequena não precisa de um grande vaso.
Percebeu que o amigo beija-flor continuava o mesmo. Parecia não conseguir enxergar o que para ela era óbvio. Irritada com a sua ignorância, repreendeu rispidamente:
— Como pode dizer que ela era pequena? Será que não consegue perceber que o vaso lhe impedia crescer conforme o seu verdadeiro potencial? Ela se libertou daquele vaso e acho que você precisa se libertar do seu.
— Eu não estou plantado em vaso algum. Sou um pássaro, sou livre e posso voar.
— Você é um pássaro que semeou a sua forma de pensar num vaso bem pequeno. Talvez um tornado possa um dia chegar, agitar sua cabeça e quebrar este vaso que limita a possibilidade de você enxergar.
— Eu não tenho problemas de visão. Eu enxergo muito bem. Certificou-se o pássaro.
— Então me diga, como você me vê? Quem acha que sou? Perguntou, ansiosamente, a árvore amiga.
— Na verdade eu te vejo como o sonho de minha velha amiga. Por eu estar muito preso a ela, talvez eu tenha mesmo um pouco de dificuldade para lhe perceber tal como você é. Mas, no fundo te acho bem convencida ao tentar explicar fatos que não lhe pertencem.
Impaciente, a bela árvore lhe ofereceu uma apresentação formal e se preparou para um grande abraço:
— Meu velho amigo, como pode dizer que esta história não me pertence. Eu a construí à custa de muito sofrimento. Olhe para o chão e verá ainda próximo às minhas raízes os fósseis da minha prisão.
O beija-flor dirigiu seu olhar para o chão e verificou que, ainda próximo à raiz daquela árvore, repousava pedaços de cerâmica idênticos à cerâmica do conhecido vaso que habitou por tanto tempo sua querida amiga. Emocionado e envergonhado soluçou algumas palavras tentando um reconhecimento:
— Eu não posso acreditar que você é você!
— Você nunca acreditou em quem eu era realmente. Só acreditava naquilo que podia ver. Não acreditava na minha essência, nos meus sonhos e nos meus sentimentos. Relembrou a árvore.
Decepcionado consigo mesmo, o beija-flor clamou ao divino:
— Oh, Deus! Qual o tamanho do vaso que me limita? Eu que pensava ser livre... O tornado passou e não rompeu o meu vaso. Talvez a realização do meu maior sonho possa romper a cerâmica da óbvia certeza que me habitou até este exato momento mantendo rígidos os meus pensamentos.
A árvore repleta de afeto e sabedoria aproveitou-se de uma brisa para abraçá-lo com seus galhos e felizes viveram o reencontro de tudo aquilo que pareceu um dia ter ficado perdido. Para que nunca mais se esquecessem da lição do tornado, o presságio de uma tempestade passou a ser sempre marcado pelo importante aviso do vento:
— Nunca se esqueçam de avaliar o tamanho do vaso ou do espaço onde foi semeado seus pensamentos, suas emoções, seus sonhos, enfim sua vida. Há um espaço infinito para tudo e para todos, mas nem sempre reconhecido e vivido