“DAR E RECEBER SÃO AS DUAS FACES DA
MOEDA MAIS PRECIOSA QUE GOVERNA A VIDA”
SOLIDARIEDADE
Solidariedade é um caldo que nos fortalece nos
momentos em que nos encontramos mais frágeis e nos permite desenvolver o sentimento
de reciprocidade, interesse comum e responsabilidade para com a humanidade.
CUSTO
Por
ser uma doação, custa apenas a nossa entrega.
TIRA GOSTO
BRAVA GENTE
A ENCHENTE CHEGOU
CARREGANDO TUDO
SÓ NÃO CARREGOU
O BRILHO DOS ESTRÁBICOS
OLHARES
O DOCE SORRISO DESDENTADO
AS CÁLIDAS MÃOS
DAQUELA BRAVA GENTE
QUE IMERSAS NA ÁGUA SUJA
INFECTAVA O CORPO
LAVANDO A ALMA
QUE CRISTALINA DESLIZAVA
SOBRE A FORTE CORRENTEZA
ACOLHENDO COM BRAVURA
A FRÁGIL E IMPOTENTE
CONDIÇÃO DE SER HUMANO
QUE MESMO SEM TETO
ABRIGAVA COM O CORAÇÃO
INGREDIENTES
Uma grande quantidade de
interesse comum.
PREPARO
Você entenderá perfeitamente a maneira
de preparar este caldo se compreender o conteúdo do refrão da música: “Bota
água no feijão que chegou mais um, chegou mais um, chegou mais um...”
Qualquer prato que você estiver
preparando pode ser transformado no nutritivo banquete da solidariedade. Basta
você transferi-lo para o grande caldeirão da responsabilidade e acrescentar o
interesse comum, para que ele possa se
multiplicar e ser devidamente dividido com quem precisa dele se nutrir.
O milagre da multiplicação não
aconteceu apenas com o grande mestre Jesus, mas vem acontecendo todos os dias
com aqueles sábios cozinheiros que aprenderam a transformar um prato comum no
tão indispensável alimento solidário.
SOBREMESA
O ENDEREÇO DA
RIQUEZA
Ávido por conhecer o mundo, um homem
tudo largou e partiu sem destino a qualquer lugar que pudesse ensina-lo algo.
Cruzando montanhas e vales, atormentado pela sede e pela fome, bateu à porta de
um suntuoso castelo solicitando um copo d’água e um prato de comida.
—
Aqui nada temos para oferecer-lhe. Disse,
com arrogância, uma luxuosa mulher.
O homem partiu carregando consigo o peso
de um corpo sedento. Logo adiante, num humilde casebre, uma moça maltrapilha
estendia algumas roupas íntimas no varal à frente da casa. Assustou-se com o
pobre homem que, repentinamente, apareceu à sua frente, olhando-a cabisbaixo.
Desalentado e frágil, não ousou pedir nada, mas uma voz suave ressoou como uma
melodia em seus ouvidos:
—
Você me parece tão abatido! Venha, lhe darei comida e água.
Depois de muito comer e beber,
satisfeito e revigorado, perguntou à humilde moça:
—
Onde mora a riqueza?
—
Por que queres saber?
—
Por estar demasiadamente confuso. Encontrei a miséria num suntuoso castelo e a
abundância num humilde casebre.
—
Somente com os olhos jamais conseguiremos enxergar, compreender e perceber o
que mora no coração. Advertiu a moça com sabedoria.
—
Como assim? Perguntou o homem.
—
A riqueza não habita os grandes castelos. A riqueza habita os grandes corações.
Não há lugar para a miséria nas pessoas de grande coração. Finalizou a moça.
O homem sorriu, agradeceu e partiu
satisfeito, certo de ter feito uma grande descoberta.
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